O post de hoje traz um ensinamento básico: no caso de um lote, compra arriscada é roubada certa!
Há mais de um ano, nossa já tem tempo, escrevi aqui no Casa um post chamado Desafios do lar doce lar. Nele eu conto um pouco das razões pelas quais criei o blog. É um post no qual eu falo da nossa experiência de comprar um apê na planta para vender e capitalizar, conto sobre a nossa busca por casas e coberturas e falo da decisão de comprar um lote e começar a nossa sonhada casa do zero.
Quem acompanha o blog, percebeu que depois desse post eu nunca mais toquei no assunto da construção. Eis que o tempo resolve todas as coisas e hoje mais de um ano depois aqui estou, para contar para vocês nossa experiência fracassada com o lote… as coisas também dão errado por aqui!
Depois de quase um ano procurando um lugar para chamar de casa, achamos um lote perfeito para gente. Era pequeno como a gente queria, em um bairro legal, com comércio próximo (restaurantes, lanchonetes, supermercado, farmácia, padaria, academia e escola…) e com um valor que a gente podia pagar, o proprietário ia se mudar da cidade e tinha pressa em vender o lote!
Olha ele aí!
Nosso lote
Nosso dinheiro ia dar para comprar o lote e construir a casa. Mas como nada é perfeito, tinha um probleminha… coisa simples, já tava tudo praticamente resolvido. É que essa parte do loteamento, apesar de já estar cheia de casas e até prédios construídos, ainda não estava aprovada na prefeitura. O proprietário deu todos os detalhes que ele tinha, o processo já estava em andamento e em uns três meses no máximo ia resolver…
Lá fomos nós! Consultamos o processo, realmente estava em andamento na prefeitura, a documentação do lote estava correta, consultamos o corretor da imobiliária que estava cuidando do loteamento e tudo indicava que logo ia ser resolvido.
Nossa decisão depois de já cansados de tanto procurar? Vamos dar uma entrada e assim que resolver tudo a gente paga o restante. Negócio fechado!
Seis meses depois e diante de uma realidade totalmente diferente, lá estávamos nós. Com um lote nas mãos que estava longe de ser liberado pela prefeitura, sem a metade do dinheiro da compra que foi dada na entrada (e o proprietário já tinha gastado, não tinha como desfazer o negócio) e com o desespero batendo na porta.
Quando eu escrevi o post com 10 cuidados para comprar um lote, estava falando de coisas que apendi vivendo na pele.
A situação do lote que compramos era muito específica e se desenrolou de maneira inesperada.
Não sei se todos sabem, mas quando alguém que tem um terreno grande resolve fazer um loteamento, a prefeitura para autorizar o loteamento, exige como garantia um certo número de lotes. Esses lotes correspondem a um valor, especificado de acordo com a avaliação. Depois de celebrado o contrato com a prefeitura, o proprietário realiza o loteamento de acordo com as exigências do município. Com tudo pronto, a prefeitura fiscaliza as obras de infraestrutura e libera o loteamento para venda. Desse ponto em diante, o proprietário pode requerer junto à prefeitura o resgate dos lotes dados como garantia, mediante o pagamento do valor atribuído na avaliação.
Até aí tudo certo né. Foi ciente dessas informações e de posse do processo em que o proprietário solicitava a autorização de pagamento da garantia para a prefeitura, que nós compramos o lote. Exatamente um dos 11 lotes que eram a garantia do loteamento.
O que aconteceu no nosso caso, é que a prefeitura se recusou a receber o pagamento da garantia, ela preferiu o imóvel. O loteamento era o bairro inteiro e levou muito tempo para ser concluído. Quando o cálculo da garantia foi solicitado pelo proprietário, a inflação já tinha comido todo o dinheiro, era como se ele simplesmente pudesse resgatar os lotes e não tivesse que pagar nada em troca.
É claro que a prefeitura não aceitou, mas também não existia base legal para fazer nenhum outro cálculo que atribuísse um valor a ser pago no resgate dos lotes. Aí estava o nosso impasse, a roubada em que a gente se meteu, e um processo, que apesar de ter tudo para ser causa ganha, na melhor das hipóteses ia levar anos.
Nesse ponto da história entra a sorte! Viram nas fotos, que como eu falei, já tinha muita casa construída e até prédio? Pois é, tinha imóvel que já estava construído e com gente morando, em outros lotes nessa mesma situação do nosso. O dono desse prédio aí da frente, conhecia toda a confusão, queria comprar o nosso lote. Como ele já sabia de toda a situação e mesmo assim manteve o interesse, não exitamos e vendemos! Com sorte, ainda conseguimos fazer um pequeno lucro na venda!
No episódio de hoje, (kkkk) aprendemos que por mais que pareça um problema simples, só compre um imóvel se estiver com todos os documentos corretos e liberados para registro.
Aproveite o meu aprendizado e siga a minha lista com 10 cuidados para comprar um lote, assim você evita dor de cabeça.
Contando a história assim, parece fácil, mas eu fiquei tão, mais tão chateada com isso tudo, que eu não consegui nem contar aqui no blog na época. Agora que as coisas por aqui já estão resolvidas, fica fácil de falar da lição aprendida, mas no calor do problema, era só pensar nesse lote que eu começava a chorar, acho que fiquei sem lágrimas por um tempo…sério! (exageraaaada)
Resultado: Voltamos a estaca zero, bora procurar mais um pouco! Pelo ao menos conseguimos vender o lote e recuperar nossa grana! Foi sofrido, mas podia ter sido bem pior.
Se você também está vivendo as angustias de encontrar um lar, deixe seu email e receba nossas novidades. Trocar figurinhas nessa hora sempre ajuda! kkkkk
Obrigada pela companhia. Até a próxima!
Beijocas!
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